No último sábado, 17 de Agosto, o VOZ realizou sua primeira
atividade efetiva de campo, na Vila Nova Esperança, que faz parte da
Subprefeitura do Butantã, por assim dizer. Isso se
dá, porque os moradores da comunidade Nova Esperança se encontram,
involutariamente, em uma disputa por territórios. Ora se diz que fazem parte de
Taboão da Serra, ora se diz que fazem parte do Butantã. Nessa luta
institucional burocrática, os moradores aguardam serviços básicos como luz e
coleta de lixo. Isso sem falar em outras funcionalidades como asfalto e
transporte público.
Apesar desses problemas, o pessoal do Nova Esperança
não se faz de rogado e não se dá por vencido. Na visita de sábado se pôde
notar, que como o próprio nome da comunidade diz, eles estão cheios de
esperança, mas cheios de garra também.
A reunião teve a presença de mais ou menos 25 pessoas
da comunidade, o que, para uma manhã fria e chuvosa de sábado, é um grande
sucesso. O encontro se deu na sede da Associação da comunidade, que é um espaço que convida os moradores a participar.
O assunto da conversa se deu em torno da explanação do
que se trata a eleição dos Conselheiros Municipais das Subprefeituras da Cidade de
São Paulo, de como o processo vai funcionar, de como eles podem se candidatar e
votar. Mas além disso, o bate papo girou em torno da importância da
participação deles no conselho e de passar a ideia de que todos ali podem se candidatar e
tentar ser um agente na tentativa de transformacao social do espaço em que
vivem.
Muito embora o grupo VOZ estava lá para sensibilizar sobre
a importância da atividade política e o quão crucial é adentrar esse espaço institucional de participação, a troca de saberes foi um dos pontos marcantes
desse encontro.
Os moradores do Nova Esperança deram uma aula de
democracia e enfatizaram que eles gostariam sim de batalhar pelos seus direitos
e por melhorias nas suas condições de vida e moradia, mas deixaram claro que a
luta é pela construção de uma cidade melhor para todos, ou seja, sem distinção de classe, cor, gênero ou credo. Eles
mostraram que estão dispostos a dialogar com todos os setores e que uma sociedade melhor e mais
justa somente é construída por meio da diversidade e a aceitação do outro como
seu próximo, ou como eles dizem, como seu vizinho.
Essa primeira visita foi um marco, tanto pela significativa presença de moradores, bem como pela riqueza do debate. E mais
ainda para que se enxergue com mais clareza o tamanho da necessidade que os
espaços de teorização possuem de dialogar na comunidade e com ela.
Concluímos que nessa primeira atividade o aprendizado
foi maior da nossa parte que da deles. Esperamos em breve divulgar a data e
local da proxima açao e mais ainda, participar dela.
Algumas fotos do encontro você vê aqui:
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